A postagem à
seguir dissertará a entrevista dos alunos do segundo semestre do curso técnico
em biblioteconomia, Daniel dos Reis e Daniela Bassani
com sua professora Magali Lippert. Contendo também impressões dos mesmos à
respeito de cinco dos principais professores do curso.
A entrevistada é
bacharel em biblioteconomia na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
(FABICO/2004), mestre em Comunicação e Informação (UFGRS/2008) e doutora em
Letras/Estudos Literários (UFGRS/2013).
Na conversa, a
professora comenta sobre sua vida profissional, sua relação com o IFRS e suas
opiniões à respeito da carreira dos técnicos em biblioteconomia.
Finalizando a postagem, os alunos comentam em
breves frases suas impressões sobre outros de seus professores, abordando suas
qualidades e individualidades em aula e no exercício da profissão.
Entrevista com Magali Lippert
-Daniela: A quanto tempo da aula no IFRS e como foram esses
anos sendo professora?
-Magali: Eu dou aulas no IFRS desde 2010, na época que eu fiz
concurso no instituto federal eu trabalhava numa empresa privada, coordenava o
sistema de bibliotecas de literatura e desejava começar a dar aula já tinha
mestrado e queria muito entrar para a vida acadêmica, então foi um prazer
enorme ter entrado no instituto e trabalhar com um curso técnico
profissionalizante, que é um tipo de curso que eu acredito que falta mão de
obra qualificada para atuar em bibliotecas,então tem sido uma experiência
fantástica.
-Daniela: Por ser um curso tão jovem como foi o início do
curso e como ou porque foi criado?
-Magali: Eu não estava no instituto federal quando o curso
iniciou, eu ainda era estudante de graduação na FABICO quando o curso foi
criado. Mas ele foi criado por uma necessidade de mão de obra qualificada, a
muitos anos iam se formando bibliotecários no Rio Grande do Sul desde a década
de 60, só que eram pessoas com uma qualificação em gestão e tecnologia, uma
qualificação elevada e no que se dizia a
respeito a qualificação para mão de obra mesmo, para atender aos usuários, para
recolocar os livros adequadamente na estante, para os serviços técnicos não existia
uma mão de obra qualificada, existia para serviços mais complexos que os
bibliotecários faziam. Então ficava uma distância muito grande entre o
auxiliar, aquele que tinha um conhecimento muito básico que só tinha passado
por um treinamento junto com o bibliotecário, e o bibliotecário que era alguém
altamente qualificado, então nesse meio faltava um profissional e esse era um
profissional técnico. Então esse foi um dos motivos para a criação do técnico
em biblioteconomia.
-Daniela: Teve algumas mudanças (na didática, disciplinas) de
alguns anos para cá?
-Magali: Como eu disse não estava quando o curso iniciou mas
algumas mudanças eu posso afirmar que ocorreram tendo em vista que quando o
curso iniciou no instituto por exemplo não tinham tantos professores da área da
ciência da informação atuando. Na época o curso tinha a professora Iara Neves,
tinha eventualmente um ou outro
professor substituto mas eram professores da escola técnica que se revezavam
nesse processo de dar aula para formar técnicos em biblioteconomia, hoje os
alunos do técnico tem dois professores com formação em biblioteconomia,um
professor com formação em história mas que tem uma larga experiência em
preservação de acervos,que é a Ângela Flack e ainda o professor arquivista que
é o Willian Contijo. Então agente pode dizer que teve sim uma mudança na
questão da concentração do próprio estudo da biblioteconomia no curso.
-Daniela: A tecnologia vem evoluindo bastante, você acha que
os livros digitais vão substituir os livros em papel?
-Magali: Eu acho que não, vamos ter uma condição hibrida por
muito tempo de livros em papel convivendo com livros eletrônicos ou em outros
suportes, entretanto, eu acho que essa não é uma preocupação que os técnicos em
biblioteconomia e os bibliotecários devam ter porque o profissional ele vai ser
necessário independente do suporte que esteja a informação, é importante que
agente comece a pensar que o nosso trabalho é o conteúdo é a informação que
eventuada naquele conteúdo e não o suporte em si. O suporte pode até virar
artigo de museu, o importante é que nós consigamos construir nossa carreira
pensando que nós temos condições e conhecimento técnico para atuar também em
outros suportes de informação como o livro eletrônico.
-Daniela: O técnico é um profissional com futuro?
-Magali: Com certeza é um profissional com futuro porque
agente tem visto cada vez mais uma necessidade de mão de obra qualificada,
agente percebe que existe uma demanda no mercado, agente insere rapidamente os
nossos profissionais que são formados no curso técnico. Eu acho que os
profissionais do futuro são os técnicos e não é atoa que o governo federal tem
investido tanto na questão da formação do técnico, tem haver justamente com
essa necessidade urgente no país de mão de obra qualificada.
Impressões dos alunos sobre os professores
Lizandra Estabel - como coordenadora do curso e professora de diversas cadeiras, é o alicerce fundamental da disciplina dentro da instituição. Ama muito o que faz, levando o trabalho extremamente a sério. Continuamente viaja mundo a fora para especializar-se cada vez mais na área biblioteconômica e elaborar suas experiências dentro do plano de ensino dos alunos.
Magali Lippert - possui vasto conhecimento não só no campo da biblioteconomia, mas também na área de literatura. Com sua ampla experiência em bibliotecas de diversos tipos, suas características didáticas são baseadas na prática do dia-a-dia de uma unidade de informação.
William Contijo - bem humorado e excelente profissional, aborda a área da arquivologia no curso. Seus ensinamentos implicam não só a organização de materiais e arquivos, como também teoriza as formas de preservação e conservação de acervos bibliográficos. Caracteriza-se com suas aulas de visita a lugares relacionados a sua didática.
Ângela Flach - embora graduada em história, possui formação na área de preservação de documentos. Muito simpática e com uma didática de ensino totalmente prática, destaca-se na forma paciente como lida com seus alunos e também caracteriza-se em aulas de visita a lugares que englobam sua disciplina.
Willy Ricardo Petersen Filho - é o professor mais culto do curso. Com um modo prático e simplista em sua forma didática, seus ensinamentos vão muito além da abordagem de sua matéria. Há alguns anos atrás, alunos do curso fizeram um pedido a academia para que fosse criada a segunda cadeira de Literatura Aplicada a Biblioteconomia, pois os mesmos interessavam-se muito em sua matéria vendo que poriam absorver mais aprendizagens do professor.
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