terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ESTÁGIO OBRIGATÓRIO NO CURSO TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA



Este tema é importante para nós, que vamos para o 3º semestre do curso. Decidimos entrevistar a professora Ângela Flach, da disciplina de Preservação de Arquivos Bibliográficos II, orientadora dos alunos em estágio, a professora Rejane Cunha Mattos, coordenadora do Núcleo de Estágios e uma ex-aluna, Márcia Gonçalves Londero, que fez estágio na biblioteca do IFRS.

A professora Ângela Flach possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), graduação em Bacharelado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003). Doutora no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), possui experiência docente na área de História no Ensino Fundamental, tendo atuado também com Educação de Jovens e Adultos.Professora. De setembro de 2009 a fevereiro de 2012 atuou como Diretora de Ensino e Pró-Reitora Adjunta de Ensino junto à Reitoria do IFRS.



ENTREVISTA COM A PROFESSORA ÂNGELA FLACH

Professora da disciplina Preservação e Conservação de Arquivos BIbliográficos II

1.Qual a carga horário do estágio?
       São 160 horas, considerando-se 150 horas no local de estágio e 10h para reunião , cujos assuntos são as regras do  estágio, os locais e dúvidas que ocorrerem. Em geral, são duas reuniões por semestre.

2.Em que período do curso é possível fazê-lo?
    É possível fazê-lo dentro do terceiro semestre, sendo também um opção do aluno fazer um quarto semestre, se este optar por manter um vínculo com o IFRS por mais tempo.

3.Quem são os professores que orientam?
  No segundo semestre de 2014, a professora Lizandra Estabel, o professor William Gontijo e eu. A partir do segundo semestre de 2015, a professora Magali Lippert da SIlva também voltará a orientar os alunos.. Há um sorteio para encaminhamento, não sobrecarregando, assim, nenhum docente.

4. O IFRS encaminha o local ?
    Não, cabe ao aluno esta pesquisa.O IFRS tem uma listagem de locais onde já aceitaram estagiários.  O estágio pode ser feito em bibliotecas escolares, universitárias, públicas ou mesmo dentro do próprio local de trabalho do estudante, se este já trabalha numa biblioteca. Muitos fazem nas bibliotecas da UFRGS.

5. Fale sobre a tarefa destaque.
   É pedido ao aluno que pense numa atividade (um projeto), que faça um diferencial na biblioteca. Esta atividade pode ser desenvolvida, por exemplo, na área da preservação, na área cultural, como uma palestra ou entrevista com um escritor, ou também a hora do conto.

6. O trabalho de conclusão de curso é o relato desta experiência?
    Sim, deve ser redigido um relatório o dentro das regras da ABNT, com imagens e descrição das atividades realizadas. Para apresentação do estágio, em geral, os alunos utilizam o power point.
   No final de cada semestre é estabelecido um dia para que todos os alunos que fizeram estágio  façam uma apresentação para os demais colegas do curso no auditório. É um evento que ocorre no final do semestre.


MUITO OBRIGADA POR SUA COLABORAÇÃO, PROFESSORA!




A professora Rejane Cunha Mattos é Coordenadora do Núcleo de Estágios do IFRS.

DEPOIMENTO DA PROFESSORA REJANE CUNHA MATTOS

Coordenadora do Núcleo de Estágios do IFRS

           Comecei meu trabalho neste curso desde a época de sua criação, na Escola Técnica    
da  UFRGS, em 2004.    
    O curso Técnico em Biblioteconomia é um curso que me remete ao tempo em que eu lecionava no curso de Magistério em escolas como “Dom Feliciano”, em Gravataí, ”Maria Imaculada e “Nossa Senhora da Glória”, em Porto Alegre, por haver uma semelhança no perfil das alunas tanto dos cursos de habilitação de Magistério, quanto das alunas que cursam a Biblioteconomia. Nas turmas de Magistério tive muitas alunas de variadas faixas etárias,professoras do estado ou do município, que efetuavam o curso para se titularem como professoras. Também no curso de Biblioteconomia desde a sua primeira turma tivemos alunas de variadas faixas etárias. Os cursos trabalham atividades semelhantes como, por exemplo,  a montagem de todo o contexto do teatro para a contação de histórias, com a utilização, inclusive, de figurinos apropriados.
   Há pouca desistência do curso, desde o seu início. Quem entra, participa de toda a programação curso, se apaixona por ele e o conclui.
   O curso de Biblioteconomia pratica a inclusão para todos os alunos, independentemente  que suas dificuldades sejam intelectuais, visuais, psicológicas. Já tivemos alunos com   dificuldades diferenciadas, que após trabalho realizado em parceria entre o Núcleo de Estágios (anteriormente CRE) e a equipe docente do curso  de  Bilioteconomia, realizou o estágio curricular obrigatório e concluiu a sua formação como técnico em Biblioteconomia.  
  Sou “freiriana”, isto é, busco o diálogo incansável com as pessoas, pois precisamos atender as dificuldades dos alunos, ouvindo-os atentamente, procurando encontrar junto com eles novas possibilidades de ação.
 Para qualquer estágio, obrigatório ou com remuneração, recomendo a página do IFRS. Clicando em “ESTÁGIOS”, um subitem da instituição, há todas as informações necessárias para quem busca um estágio que o satisfaça.


MUITO OBRIGADA POR SUA COLABORAÇÃO, PROFESSORA!





A ex-aluna  de 2010, Márcia Gonçalves Londero atua hoje num Projeto de Conservação de Obras Raras, na Faculdade de Direito da UFRGS. 

                       Entrevista com a ex-aluna Márcia Gonçalves Londero-Técnica em Biblioteconomia



1.Qual a importância do curso Técnico em Biblioteconomia na sua vida?

O curso mudou completamente a minha vida, tanto pessoal quanto profissional. Eu trabalhava na Educação Infantil e desde muito tempo tinha o interesse em trabalhar em bibliotecas. O Curso Técnico em Biblioteconomia foi importante para mudar meu modo de pensar leitura, literatura, biblioteca, informação... Trabalhando com contação de histórias em uma biblioteca escolar nos primeiros anos após minha formatura já me fizeram ver que eu tinha feito a escolha certa. Atualmente trabalho com obras raras, uma paixão surgida durante o curso, estou muito feliz e realizada, quero isso para o resto de minha vida.

2. Qual o local onde fizeram o estágio?

O local onde fiz o estágio foi a Biblioteca Clóvis Vergara Marques, do IFRS. Tive oportunidade de colocar em prática toda a teoria aprendida e desenvolvida no curso.
3. Em qual época?
2º semestre de 2010

4. Qual foi a sua tarefa destaque?

- Restauração de obras do acervo.
- Gestão
- Banner sobre Conservação de acervo que se encontra na Biblioteca Clóvis Vergara Marques


5. Poderia anexar alguma foto, comentário, ou documento do período?

  
MUITO OBRIGADA!
                                                                                                     


Kleiton Soares de Oliveira
Nádia Cardoso
    

Biblioteca do IFRS- Câmpus Porto Alegre de Cara Nova!

No dia 16 de outubro de 2014, o IFRS- Câmpus Porto Alegre inaugurou oficialmente sua sede definitiva e o novo espaço da Biblioteca. O novo ambiente da Biblioteca conta com mais de 340m² de área de exposição do acervo. Dentro do projeto estão previstas salas de leitura e de estudos individuais, também sala multimeios.

A Biblioteca Clóvis Vergara Marques(BCVM) tem por objetivo fornecer suporte informacional, incentivar o uso de informações técnicas e científicas de interesse para as áreas foco do IFRS Câmpus Porto Alegre e contribuir para a preservação da produção intelectual da instituição.

O IFRS- Câmpus Porto Alegre possuí 17 cursos técnicos e cinco cursos superiores, em modalidade presencial e EAD, também Programa de Programa Nacional de Integração da Educação Profissional(PROEJA), de pós-graduação e cursos de extensão e capacitação profissional. Nesse contexto a BCVM apresenta perfil misto quanto a sua organização e acervo,ou seja, com características de Biblioteca Escolar e Biblioteca Universitária.

Atualmente a biblioteca possuí acervo de aproximadamente 30 mil itens documentais(livros, periódicos, folhetos, CDs, VHS e outros), adquiridos por sistema de compra ou doação, organizados por assunto de acordo com o sistema de Classificação Decimal Universal(CDU).

A equipe da biblioteca é formada por dois bibliotecários, dois auxiliares de biblioteca, um assistente em administração e eventuais estagiários do Curso Técnico em Biblioteconomia e de graduação em Biblioteconomia da UFRGS.

A Biblioteca tem horário de funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 21h, ininterruptamente. Podem utilizar a biblioteca os alunos, professores, funcionários e a comunidade em geral. Os serviços oferecidos aos usuários são os de consulta local, consulta online, empréstimo domiciliar e interbibliotecas, levantamento bibliográfico, parcerias em projetos de lazer e promoção da leitura. Também, possuí catálogo online, que possibilita a pesquisa, reserva e renovação. A Biblioteca utiliza o software ALEPH(Automated Library Expansable Program), com acesso ao Sistema de Bibliotecas(SABI) da UFRGS, que pode ser acessado em: <http://sabi.ufrgs.br>. A BCVM deu inicio ao processo de migração para o Sistema PERGAMUN no primeiro semestre de 2013. Atualmente o sistema está em fase de implantação prática. O portal, que pode ser acessado em: <http://biblioteca.ifrs.edu.br>, oferece os serviços de consulta ao catálogo online, renovação de empréstimo, reserva de itens.

Confira a Galeria de Fotos!



Links Relacionados:

Página do IFRS: http://www.poa.ifrs.edu.br/
Atividade das alunas Aryel Borges e Bárbara Trindade


As entrevistas da vez, Silvia Bairros e Gabriela Bittencourt Alves, são pessoas diferentes, porém com um mesmo intuito estudantil. A primeira citada anteriormente, já faz parte da família do Curso Técnico em Biblioteconomia do IFRS, sim, chamamos de família, pois as três turmas dos módulos, se relacionam muito bem, e a segunda citada é uma possível futura aluna do Curso Técnico em Biblioteconomia, que estima entrar e compartilhar do conhecimento obtido da estrutura do curso.
Aqui elas relatam suas expectativas, suas experiências seus sentimento em relação ao técnico e a leitura.   



Entrevistada, Silvia Bairros aluna do primeiro semestre do Curso Técnico em Biblioteconomia 2014-2.


Posso dizer que minhas expectativas em relação ao curso são muito boas, me surpreendi desde que entrei no IFRS com a qualidade do nosso curso, o alto nível dos nossos professores e espero com isso me tornar uma profissional capacitada e entrar rapidamente no mercado de trabalho.



Entrevistada, Gabriela Bitencourt

Desejo fazer o curso técnico em biblioteconomia por alguns motivos. Um deles é porque o mundo precisa de pessoas que se importem. Se importem umas com as outras e consigo mesmas, através da leitura conhecemos mundos novos, abrimos a mente, nos tornamos mais acessíveis e inteligentes. Pelo bibliotecário muito conhecimento pode ser transmitido de pessoa para pessoa. Além disso, os livros precisam ser cuidados e compartilhados com outras pessoas, para que assim a experiência da leitura seja melhor. Outro motivo é porque amo ler! Gostaria de poder cuidar dos meus livros, preservar eles e outros de um lugar empoeirado na prateleira.




Um tour pelas bibliotecas de Porto Alegre

           Essa pesquisa tem como intuito apresentar as bibliotecas do Rio Grande do Sul para entendermos a trajetória da Biblioteconomia no país. Será exposta uma lista das bibliotecas do Estado, além de introduzido as mudanças e melhorias que a Biblioteca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS) passou nos últimos anos. O bibliotecário é um profissional que trata a informação e a torna acessível ao usuário final, independente do suporte informacional. É o profissional que classifica, conserva, organiza, divulga e gerencia acervos de bibliotecas, centros de documentação e os mais diversos tipos de unidades de informação, portanto é de sua responsabilidade planejar, implementar e gerenciar sistemas de informação, além de preservar os suportes (mídias) para que resistam ao tempo e ao uso. Por isso é importante conhecermos a trajetória do local onde esse profissional trabalha, tão importante para o desenvolvimento de um país e de uma cultura.


              Para começar, o IFRS – Campus Porto Alegre – possui duas sedes de Bibliotecas: na Sede Centro (Rua Cel. Vicente, 281) e na Sede Ramiro (Rua Ramiro Barcelos, 277). Tem como missão “a unidade de informação acadêmica que incentiva a geração e o uso de informações técnicas e científicas de interesse para as áreas foco do IFRS Campus Porto Alegre e que contribui para a preservação da produção intelectual da instituição”. A visão da biblioteca é “ser centro de referência e excelência na gestão e disseminação da informação técnica e científica impulsionando a inovação, o ensino, a pesquisa e a extensão, aproveitando os recursos disponibilizados pelas novas tecnologias”. Atualmente, a biblioteca encontra-se em um novo espaço, no mesmo prédio, sendo melhor localizada (no 2° andar do prédio), com acervo mais atualizado, computadores e salas de estudo.



Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul

A Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul é um prédio histórico localizado no centro de Porto Alegre, próximo ao Teatro São Pedro, à Catedral Metropolitana e ao Palácio Piratini. A sua criação e instalação decorreram da Lei Provincial nº 724, de 14 de março de 1871. Quando as obras foram finalizadas e a Biblioteca finalmente inaugurada em 1922, pouco antes do falecimento de seu Diretor, Victor Silva, que havia sido um dos mais ativos incentivadores do projeto, as instalações foram saudadas pela imprensa local como sendo do mais alto gabarito e elegância, com seus diversos espaços decorados segundo estilos variados, seguindo preceitos Positivistas. Sua fachada, em estilo eclético, mostra uma das mais completas ilustrações do Calendário Positivista, com bustos de seus mais insignes vultos tutelares, constituindo um dos três únicos monumentos deste tipo no mundo.


Biblioteca Central da UFRGS

A Biblioteca Central é um dos órgãos suplementares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada no interior do prédio da reitoria da instituição, à qual está vinculada diretamente. Criada através da Portaria nº 1516, de 13 de dezembro de 1971, é responsável pela superviosionamento do conjunto de bibliotecas da Universidade. Antes de sua criação, a UFRGS contava com o Serviço Central de Informações Bibliográficas (SCIB), fruto de um convênio, assinado em 1959, entre a instituição e o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), mediante o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD). Em 1970, o estatuto e o regime geral da Universidade foram aprovados, prevendo a organização e a implantação de uma Biblioteca Central por uma comissão.


Biblioteca Central Irmão José Otão

        A Biblioteca Central Irmão José Otão é uma biblioteca universitária vinculada à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sukl (PUCRS). Localizada no prédio do Campus Central da Universidade, a biblioteca atende à comunidade universitária nos setores de ensino, pesquisa e extensão. A Biblioteca Central Irmão José Otão, assim denominada em homenagem ao Irmão José Otão, reitor da Universidade de 1954 a 1978, originou-se do acervo localizado junto ao Colégio Nossa Senhora do Rosário em 1940, onde funcionaram as faculdades de Ciências Econômicas, Filosofia, Serviço Social e Direito. Em 1967, com a transferência da PUCRS para o Campus Universitário.


Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães

A Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães (BPMJG) é uma biblioteca mantida pela prefeitura municipal de Porto Alegre. Está sediada nas dependências do Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, juntamente com outros espaços culturais. A atual biblioteca tem sua origem na antiga Biblioteca de Porto Alegre. Com a criação do Centro Municipal de Cultura em 1978, o acervo foi transferido e passou a fazer parte do novo complexo cultural. Naquele mesmo ano, através do Decreto n.° 8778, seu nome foi modificado para homenagear o escritor e jornalista Josué Guimarães.


Biblioteca Pública Romano Reif

A Biblioteca Pública Professor Romano Reif é uma biblioteca pública mantida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Com sede própria, está localizada no Largo da Bandeira, n.° 64, na Vila do IAPI, no bairro Passo d'Areia. Sua criação surgiu da vontade de um grupo de moradores do Conjunto Residencial 31 de Março, liderado por duas professoras, de implantar uma biblioteca nesse condomínio. A ideia ganhou apoio de mais moradores e de autoridades da Secretaria de Educação e Cultura. Tornou-se oficialmente pública através do decreto n.° 20.762, em dezembro de 1970. Cinco anos depois, outro decreto possibilitou sua transferência, já que o espaço físico foi se tornando insuficiente ao longo do tempo. Em 1994, após uma mobilização da AMOVI (Associação Amor à Vida) e do Centro Comunitário do IAPI, inaugurou-se a atual sede, construída em um local originalmente destinado a ser área verde.


Postagem de: Caroline Farias Furtado e Verônica Faccioni

Atividade dos alunos Daniela Bassani e Daniel dos Reis

     A postagem à seguir dissertará a entrevista dos alunos do segundo semestre do curso técnico em biblioteconomia, Daniel dos Reis e Daniela Bassani com sua professora Magali Lippert. Contendo também impressões dos mesmos à respeito de cinco dos principais professores do curso.
     A entrevistada é bacharel em biblioteconomia na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO/2004), mestre em Comunicação e Informação (UFGRS/2008) e doutora em Letras/Estudos Literários (UFGRS/2013).
     Na conversa, a professora comenta sobre sua vida profissional, sua relação com o IFRS e suas opiniões à respeito da carreira dos técnicos em biblioteconomia.
     Finalizando a postagem, os alunos comentam em breves frases suas impressões sobre outros de seus professores, abordando suas qualidades e individualidades em aula e no exercício da profissão. 


Entrevista com Magali Lippert

-Daniela: A quanto tempo da aula no IFRS e como foram esses anos sendo professora?

-Magali: Eu dou aulas no IFRS desde 2010, na época que eu fiz concurso no instituto federal eu trabalhava numa empresa privada, coordenava o sistema de bibliotecas de literatura e desejava começar a dar aula já tinha mestrado e queria muito entrar para a vida acadêmica, então foi um prazer enorme ter entrado no instituto e trabalhar com um curso técnico profissionalizante, que é um tipo de curso que eu acredito que falta mão de obra qualificada para atuar em bibliotecas,então tem sido uma experiência fantástica.

-Daniela: Por ser um curso tão jovem como foi o início do curso e como ou porque foi criado?

-Magali: Eu não estava no instituto federal quando o curso iniciou, eu ainda era estudante de graduação na FABICO quando o curso foi criado. Mas ele foi criado por uma necessidade de mão de obra qualificada, a muitos anos iam se formando bibliotecários no Rio Grande do Sul desde a década de 60, só que eram pessoas com uma qualificação em gestão e tecnologia, uma qualificação elevada  e no que se dizia a respeito a qualificação para mão de obra mesmo, para atender aos usuários, para recolocar os livros adequadamente na estante, para os serviços técnicos não existia uma mão de obra qualificada, existia para serviços mais complexos que os bibliotecários faziam. Então ficava uma distância muito grande entre o auxiliar, aquele que tinha um conhecimento muito básico que só tinha passado por um treinamento junto com o bibliotecário, e o bibliotecário que era alguém altamente qualificado, então nesse meio faltava um profissional e esse era um profissional técnico. Então esse foi um dos motivos para a criação do técnico em biblioteconomia.


-Daniela: Teve algumas mudanças (na didática, disciplinas) de alguns anos para cá?

-Magali: Como eu disse não estava quando o curso iniciou mas algumas mudanças eu posso afirmar que ocorreram tendo em vista que quando o curso iniciou no instituto por exemplo não tinham tantos professores da área da ciência da informação atuando. Na época o curso tinha a professora Iara Neves, tinha eventualmente um  ou outro professor substituto mas eram professores da escola técnica que se revezavam nesse processo de dar aula para formar técnicos em biblioteconomia, hoje os alunos do técnico tem dois professores com formação em biblioteconomia,um professor com formação em história mas que tem uma larga experiência em preservação de acervos,que é a Ângela Flack e ainda o professor arquivista que é o Willian Contijo. Então agente pode dizer que teve sim uma mudança na questão da concentração do próprio estudo da biblioteconomia no curso.

-Daniela: A tecnologia vem evoluindo bastante, você acha que os livros digitais vão substituir os livros em papel?

-Magali: Eu acho que não, vamos ter uma condição hibrida por muito tempo de livros em papel convivendo com livros eletrônicos ou em outros suportes, entretanto, eu acho que essa não é uma preocupação que os técnicos em biblioteconomia e os bibliotecários devam ter porque o profissional ele vai ser necessário independente do suporte que esteja a informação, é importante que agente comece a pensar que o nosso trabalho é o conteúdo é a informação que eventuada naquele conteúdo e não o suporte em si. O suporte pode até virar artigo de museu, o importante é que nós consigamos construir nossa carreira pensando que nós temos condições e conhecimento técnico para atuar também em outros suportes de informação como o livro eletrônico.

-Daniela: O técnico é um profissional com futuro?

-Magali: Com certeza é um profissional com futuro porque agente tem visto cada vez mais uma necessidade de mão de obra qualificada, agente percebe que existe uma demanda no mercado, agente insere rapidamente os nossos profissionais que são formados no curso técnico. Eu acho que os profissionais do futuro são os técnicos e não é atoa que o governo federal tem investido tanto na questão da formação do técnico, tem haver justamente com essa necessidade urgente no país de mão de obra qualificada.





 Impressões dos alunos sobre os professores




Lizandra Estabel - como coordenadora do curso e professora de diversas cadeiras, é o alicerce fundamental da disciplina dentro da instituição. Ama muito o que faz, levando o trabalho extremamente a sério. Continuamente viaja mundo a fora para especializar-se cada vez mais na área biblioteconômica e elaborar suas experiências dentro do plano de ensino dos alunos.



Magali Lippert - possui vasto conhecimento não só no campo da biblioteconomia, mas também na área de literatura. Com sua ampla experiência em bibliotecas de diversos tipos, suas características didáticas são baseadas na prática do dia-a-dia de uma unidade de informação.



 William Contijo - bem humorado e excelente profissional, aborda a área da arquivologia no curso. Seus ensinamentos implicam não só a organização de materiais e arquivos, como também teoriza as formas de preservação e conservação de acervos bibliográficos. Caracteriza-se com suas aulas de visita a lugares relacionados a sua didática.




Ângela Flach - embora graduada em história, possui formação na área de preservação de documentos. Muito simpática e com uma didática de ensino totalmente prática, destaca-se na forma paciente como lida com seus alunos e também caracteriza-se em aulas de visita a lugares que englobam sua disciplina.



Willy Ricardo Petersen Filho - é o professor mais culto do curso. Com um modo prático e simplista em sua forma didática, seus ensinamentos vão muito além da abordagem de sua matéria. Há alguns anos atrás, alunos do curso fizeram um pedido a academia para que fosse criada a segunda cadeira de Literatura Aplicada a Biblioteconomia, pois os mesmos interessavam-se muito em sua matéria vendo que poriam absorver mais aprendizagens do professor.



sábado, 29 de novembro de 2014

10 anos de uma história de sucesso! - Parte 3

       Nesta parte 3 apresentamos um pouquinho desses 10 anos com imagens de diversos momentos especiais e marcantes.
Postagem de: Amanda de Almeida e Lúcia Helena Vargas.   

10 anos de uma história de sucesso! - Parte 2


       Na parte 1 conhecemos um pouco da história do curso técnico em biblioteconomia no IFRS. Agora para conhecermos um pouco mais da história do curso e de seu do dia-a-dia  entrevistamos a Professora Doutora Lizandra Brasil Estabel, Professora e Coordenadora do Curso Técnico em Biblioteconomia do IFRS - Câmpus Porto Alegre.

1-   Como nasceu a ideia da criação do curso técnico em biblioteconomia?

O Curso Técnico surgiu de uma solicitação da Escola Técnica da UFRGS para o Departamento de Ciências da Informação junto aos professores do Curso de Biblioteconomia da (FABICO/UFRGS).
2-   É de conhecimento público que o curso tem dez anos (contando a partir da primeira turma), mas quando realmente o curso técnico em biblioteconomia começou nos bastidores (composição de currículo, montagem da equipe)? E quem comandou tudo isso?
Em 2000 foi feito um estudo pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) sobre a situação do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul para verificar as demandas da região. Após este estudo e a construção do Plano Pedagógico do Curso e toda a tramitação necessária para a sua aprovação, o Curso inicia em 2004.
Pode-se destacar, dentre os membros da Equipe, a Profª Iara Bitencourt Conceição Neves, bibliotecária e profª aposentada da FABICO/UFRGS.
3-   Sabe-se que o curso recebe muitos alunos de inclusão. Como esses alunos são integrados às turmas? Os professores recebem algum tipo de capacitação?  Para você, como coordenadora como é ver tanta procura desse público no curso?
Entendo que o nosso Curso poderia receber muitos alunos de inclusão, mas posso dizer que me sinto gratificada em saber que existe esta procura e que conseguimos que estes permaneçam no Curso, concluam e hoje estejam atuando profissionalmente e na Biblioteconomia.
Procuramos fazer um trabalho de grande parceria entre os professores do Curso para possibilitarmos esta inclusão. Sempre reforço, com os alunos, desde o primeiro semestre que uma das palavras de mais significado no Curso é Acessibilidade. Portanto, se a biblioteca deve ser acessível, precisamos acima de tudo, no nosso fazer, aceitar e respeitar a diversidade. Perceber o outro e interagir com ele, com suas forças e limitações. Ser coordenadora deste Curso é ter certeza  das minhas escolhas e, acima de tudo, me sinto muito feliz pois tenho colegas que são grandes parceiros e que respeitam os alunos, construindo conhecimentos conjuntamente. E os nossos alunos são os grandes responsáveis pelo sucesso do Curso e inclusão de todos, pois construímos esta trajetória com muitas mãos.


4-   Há ainda uma resistência das bibliotecas em contratarem técnicos aqui formados com a titulação ainda sem o registro?

Esta resistência praticamente passa despercebida. Quanto mais o Curso é conhecido e os profissionais demonstram competência na sua atuação, mais espaços de atuação estão surgindo.
Entendo que a regulamentação da profissão é de maior significado para o profissional, no sentido de representá-lo e fiscalizar a atuação, do que espaços no mundo do trabalho. Hoje, ao realizarmos um estudo junto aos nossos egressos, a grande maioria atua em bibliotecas e está empregada.
5-   Esse curso é bem aceito entre os bibliotecários?

Posso dizer que sim. Já ocorreu alguma resistência, mas hoje cada vez mais o bibliotecário deseja ter o técnico em sua Equipe. Juntos, oferecem um trabalho de competência e fazem da biblioteca um espaço de referência de acesso à informação para todos.
6-   Qual foi o momento mais difícil pelo qual o curso passou nesses dez anos de existência?

Acredito que a troca do nome de Técnico em Biblioteconomia para Técnico em Biblioteca no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Formamos um profissional que trabalha com informação e que tem possibilidade, na nossa Instituição, de além do acesso ao Ensino, estar vinculado a Projetos de Pesquisa e de Extensão. Não preparamos este profissional para o espaço da Biblioteca apenas, mas para atuar como profissionais da informação, com  competência, como mediadores de informação e de leitura e que promovem a acessibilidade. A matriz curricular do Curso transparece esta muldisciplinariedade. Tenho certeza que este momento difícil passou e que agora, após 10 anos, amadurecemos e cada vez mais estamos colhendo frutos desta formação. Inclusive, alçando novos voos como o Curso Técnico em Biblioteconomia em EAD, com 300 alunos, nos mais diversos recantos do Rio Grande do Sul.

Postagem de : Amanda de Almeida e Lúcia Helena Vargas